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A Rádio Universidade de Coimbra, a comemorar 23 anos de emissões regulares , tem honra e prazer em anunciar o Moritz Von Oswald Trio como especialíssimos convidados para o concerto de apresentação da nova grelha de inverno de 2009/10 . A ter lugar no próximo dia 26 de Novembro de 2009, pelas 21h30m no Teatro Académico de Gil Vicente em Coimbra.
Moritz Von Oswald, Vladislav Delay e Max Loderbauer compõem o trio responsável por um dos mais inquietantes e inteligentes registos discográficos do corrente ano, “Vertical Ascent“, com edição na fundamental editora britânica Honest Jon’s , brinda-nos com a sapiência adquirida ao longo de anos de maturação estética de todos os elementos do trio ao serviço de uma depurada modernidade estética e capacidade performativa.
Formados na sequência de um convite efectuado a Moritz Von Oswald pelo festival Club Transmediale de Berlim, e após um ensaio apenas, apresentam-se ao vivo, pouco depois surgem as gravações de”Vertical Ascent”.
Ao longo de quatro criações (apropriadamente denominadas patterns) o denominador comum passa pelo jazz e pelo dub, mas apenas enquanto alicerce e referência a um desdobramento pela diversidade estética contemporânea mais arrojadamente criativa, do Techno (Carl Craig, Ricardo Villalobos, Richie Hawtin) ao Dubstep (Pinch, Mala).
A escola dub-techno berlinense de Moritz (criador de peças musicais únicas enquanto Maurizio ou Rhythm and Sound ), junta-se ao virtuosismo de Sasu Rippatti ( Vladislav Delay enquanto mestre ambiental e Luomo enquanto agitador house) que usa uma panóplia de instrumentação percussiva de concepção caseira – e Max Loderbauer (NSI, Sun Electric) traz a sua excelência de manipulador electrónico contribuindo de forma decisiva para o instaurar de uma ordem formal ao aparente caos gerado por uma improvisação devedora do mais inspirado jazz.
Com uma carreira longa e um dos mais influentes estetas das duas últimas décadas, Moritz von Oswald foi co-responsável - com Mark Ernestus – pelo projecto Basic Channel , que surge em 1993 como pioneiro da escola electrónica minimal com as suas evoluções techno pontilhadas de lampejos dub e um anonimato imagético que deixava toda a relevância à música. Em 1995, cria a editora Chain Reaction onde acolhe alguns dos seus mais fervorosos seguidores – Monolake, Vainquer e , mais tarde, o próprio Vladislav Delay. No seguimento da sua enorme paixão pela música jamaicana aparece em 1996 o projecto Rhythm and Sound com a parceria inicial de Paul St. Hilaire (Tikiman) para um novo selo editorial denominado Burial Mix, aqui as profundezas do dub vêem a luz também nas vozes de Sugar Minott ou Cornell Campbell. Pouco depois surgem as associadas Basic Replay e Wackies, dedicadas à reedição de discos clássicos ou há muito perdidos do reggae.
Na presente década resolve iniciar um novo desafio, na abordagem e transformação da dita música erudita. Nada de estranho já que tem escola clássica enquanto percussionista e chegou inclusive a gravar com a Orquestra Sinfónica de Berlim. Primeiro com o pianista Francesco Tristano, em “Auricle / Bio / On) e posteriormente de parceria com o génio de Carl Craig arrisca, em “ReComposed”, a manipulação da música de Ravel e Mussorgsky, trabalho este tão bem aceite que foi editado na lendária Deutsche Grammophon.
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